segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Breve História da Música Amazing Grace

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Amanhã... Será?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aprendendo sobre o Apocalipse

Todas as quintas-feiras do mês de setembro na Comunidade São João em Pelotas.

Papo de Crente 'Pegador'

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Volte!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A causa gay e o texto da mulher adúltera

Quero, aqui, argumentar sobre um texto bíblico bastante utilizado por homossexuais e simpatizantes da causa. Antes de mais nada, preciso confessar-me um militante da causa. Sou totalmente favorável aos direitos de todos, das minorias, dos diferentes, dos oprimidos... Favorável, inclusive, ao direito dos homossexuais de poderem ter acesso a todos os recursos necessários caso queiram largar a prática. Lembrando que existem as mais diversas interpretações para aquilo que se compreende como direitos. Por isso, preciso esclarecer que neste texto vou tratar da questão sobre o homossexualidade no contexto religioso cristão que se refere ao pecado. Pois, apesar de muitos homossexuais e simpatizantes não confessarem a fé cristã, aqueles que buscam legitimação para a prática no contexto cristão costumam também argumenta a partir da Bíblia.

Esclareço ainda que se em algum momento pareço exagerar ou utilizar ironias não é de forma alguma para ridicularizar, mas, para tentar dar força e clareza ao argumento. E, obviamente não posso aqui escrever um tratado sob o risco de ninguém ler. Então, considerem o fato de não ter entrado em maiores detalhes. Permaneço, no entanto, à disposição para eventuais questionamentos e pedido de esclarecimentos.
O texto em questão é João 8. 1-11.

Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras.
Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo.
Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos
e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.
Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? "
Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela".
Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.
Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele.
Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "
"Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado"
. (João 8. 1-11)

Por que esse texto, na minha leitura, é utilizado de forma equivocada como argumento na discussão sobre a questão homossexual?
O caso relatado nos revela que os escribas e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher que fora flagrada em adultério. O Adultério era considerado pecado nos tempos bíblicos e assim o é até os dias de hoje.
Os fariseus na verdade estavam pouco interessados naquela mulher. Eles estavam mesmo é interessados em fazer uma 'pegadinha' pra Jesus. Pensavam que Jesus teria apenas duas opções e qualquer uma delas o incriminaria. Ou porque Jesus se colocaria contra a lei de Moisés ou porque iria contra a lei do império romano.
Jesus demonstra, com a sua atitude, que além de conhecer a natureza humana melhor do que ninguém, Deus ama e acolhe apesar do pecado.
Isso, no entanto, não significa que o adultério deixa de ser pecado. Tanto que o texto não está completo nessa narrativa se formos somente até o verso 7 ou, mesmo até o verso 10. Uma boa exegese e uma boa hermenêutica pedem que o texto seja considerado em sua totalidade.

Portanto, o fato que principalmente torna complicado a utilização desse texto na argumentação homossexual recorrente é que adultério era e é considerado pecado. Creio que ninguém discorda disso.
Já a homossexualidade, embora que fosse considerado pecado no período bíblico e pela igreja (ou pelos cristãos) até bem recentemente (e, para a maioria, continua sendo), é hoje reivindicado como algo de que se pode orgulhar. Bem diferente do caso de adultério. Ainda não existe, pelo menos que eu saiba, nenhuma parada do orgulho adúltero. A questão, então, é que existe uma diferença de 'natureza' nas duas 'acusações'. Embora os fariseus estivessem testando Jesus e pouco interessados na vida daquela mulher e, Jesus com sua atitude tivesse desmascarado a hipocrisia destes, ninguém nega o fato de que o adultério é pecado. Se não fosse, Jesus não poderia jamais ter lançado contra os acusadores o argumento: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (verso 7). A partir do argumento de que estavam apresentando a Jesus uma pecadora (flagrada em adultério) é que Jesus dá essa resposta.
No caso da homossexualidade, não sendo pecado, os fariseus sequer poderiam usar um homossexual como 'isca'. E, vejam, estou apenas tentando raciocinar do ponto de vista daqueles que argumentam que a homossexualidade não é pecado. Que trata-se simplesmente de preconceito de religiosos fanáticos.

Agora, se admitirmos que a homossexualidade é sim pecado, então precisamos também admitir que Jesus assim o considera se quisermos continuar a usar o texto de João 8. 1-11. E, a pergunta inevitável é o que significam as palavras de Jesus no verso 11: "vai-te, e não peques mais".

De acordo com a argumentação utilizada pelos militantes gay, a prática da homossexualidade não é pecado, logo, Jesus não pediria algo assim. Então, mais uma vez, esse texto não serve à argumentação. No caso da mulher adúltera, dificilmente podemos imaginar que ela tenha entendido algo diferente do que 'vá e não continue nessa prática do adultério'. O texto não revela em nenhum momento que ela tenha contestado os fariseus ou mesmo a Jesus. Ela não tentou se defender e parece que ninguém mais ousou fazê-lo. Seria incorrer em pura conjectura tentar achar que tratava-se uma falsa acusação (A acusação de adultério só se tornava legal quando confirmada por pelo menos duas testemunhas. Ver Deuteronômio 19. 15). Até mesmo porque, repito, o adultério era, sim, pecado como, acredito, todos continuamos acreditando que seja. Sabemos também sobre a cultura machista da época e que sequer menciona o homem que foi, portanto, igualmente adúltero. Mas, isso em nada interfere naquilo que estamos tentando demonstrar aqui.
O fato é que os homossexuais procuram se utilizar de um texto em que se acusa uma pessoa flagrada num ato considerado pecado comparando-o e aplicando-o com um ato que não é pecado. Pelo contrário, é algo perfeitamente legítimo, do que a sociedade deve, inclusive se orgulhar, afinal, nada mais é do que demonstração de amor.

Portanto, não há como utilizar esse texto sem considerar o homossexualismo pecado e, se assim o for, aceitar a exortação final de Jesus "vai-te, e não peques mais". Agora, se o homossexualismo não é pecado, esse texto deveria ser abandonado para justificar-se. A menos que se cometam verdadeiras distorções e se fantasie em cima. Isso porém, não seria nada honesto com o texto e nem mesmo com a tradição cristã no que se refere à leitura e à interpretação dos textos sagrados.
Obviamente aqueles que consideram o homossexualismo pecado, continuam tendo que ouvir de Jesus: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra". Agora, para aqueles que dizem que o homossexualismo não é pecado, essa fala de Jesus não faz o menor sentido, tampouco o "vá e abandone sua vida de pecado".

Concluo, então, compreendendo que só existem duas opções diante desse texto caso queira-se continuar lançando mão dele pra argumentar nesse contexto: ou o homossexualismo é pecado e admite-se honestamente refletir sobre o que Jesus quer dizer com o verso 11. Ou, o homossexualismo não é pecado e abandona-se definitivamente este texto por não se aplicar ao caso.

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Quem não tiver Pecado...

sábado, 16 de julho de 2011

A superioridade do cristianismo: Entrevista de Luiz Felipe Pondé à Veja

Luiz Felipe Pondé (foto), 52, é um raro exemplo de filósofo brasileiro que consegue conversar com o mundo para além dos muros da academia. Seja na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, seja em livros como o recém-lançado O Catolicismo Hoje (Benvirá), ele sabe se comunicar como o grande público sem baratear suas ideias. Mais rara ainda é sua disposição para criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Pondé é um crítico da dominância burra que a esquerda assumiu sobre a cultura brasileira. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, Pondé, em seus ensaios, conseguiu definir ironicamente o espírito dos tempos descrevendo um cenário comum na classe média intelectualizada: o jantar inteligente, no qual os comensais, entre uma e outra taça de vinho chileno, se cumprimentam mutuamente por sua “consciência social”. Diz Pondé: “Sou filósofo casado com psicanalista. Somos convidados para muitos jantares assim. Há até jantares inteligentes para falar mal de jantares inteligentes. Estudioso de teologia, Pondé considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Eis um pensador capaz de surpreender quem valoriza o rigor na troca de ideias.

Em seus ensaios, o senhor delineou um cenário exemplar do mundo atual: o jantar inteligente. O que vem a ser isso?
É uma reunião na qual há uma adesão geral a pacotes de ideias e comportamentos. Pode ser visto como a versão contemporânea das festas luteranas nas Dinamarca do Século 19, que o filósofo Soren Kierkegaard criticava por sua hipocrisia. Esse vício migor de um cenário no qual o cristianismo era base da hipocrisia para uma falsa espiritualidade de esquerda. Como a esquerda não tem a tensão do pecado, ela é pior do que o cristianismo.

Como assim?
A esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta.

Quais são os temas mais comuns da conversa em um jantar desses?
Filhos são um tema recorrente. Todos falam de como seus filhos são diferentes dos outros porque frequentam uma escola que cobra R$ 2.000 por mês, mas é de esquerda e estuda a sério o inviável modelo econômico cubano. Ou dizem que a filha já tem consciência ambiental e trabalha e uma ong que ajuda as crianças da África. Também se fala sempre de algum filme chatíssimo de que todos fingem ter gostado para mostrar como têm repertório. Mais timidamente, há certa preocupação com a saúde e o corpo. Reciclar lixo, e mais recentemente, andar de bicicleta também são temas valorizados. Sempre se fala mal dos Estados Unidos, mas Barack Obama é um deus. Fala-se mal de Israel, sem conhecer patativa da história do conflito israelo-palestino. Mas, claro, é obrigatório enfatizar que você é antissionista, mas não antissemita, pois em jantar inteligente muito provavelmente haverá um judeu – apesar de serem muitas vezes judeus em crise consigo mesmos, o que é bem típico dos judeus.

Que assuntos são tabus?
Imagine dizer em uma reunião na Dinamarca luterana de Kierkegaard que algumas mulheres são infelizes porque não chegam ao orgasmo. Seria um escândalo. Simetricamente, hoje é um escândalo dizer que as mulheres emancipadas e donas de seu nariz estão mesmo é loucas de solidão. No jantar inteligente, você tem sempre de dizer que a emancipação feminina criou problemas para as mulheres, que os homens aprenderam a ser sensíveis e que uma mulher nunca vai dar um pé no homem que se mostre sensível demais. Os jantares inteligentes misturam cardápios interessantes — pratos peruanos ou, sei lá, vietnamitas – como papo-cabeça, mas servem à mesma função que os jantares dos pais dessas pessoas cumpriam: passar o tempo. Os problemas amorosos, sexuais e profissionais são os mesmos, mas todos se acham bem resolvidos. Costumo provocar dizendo que há 100 anos se fazia sexo melhor. Tinha mais culpa e pecado, o que deve ser uma excitação tremenda. Hoje, todos mundo diz que tem um desempenho maravilhoso, e que vive uma relação de troca plena com o seu parceiro ou parceira. Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.

Quando começaram os jantares inteligentes?
A matriz histórica são os filósofos da França pré-revolucionária. Os saraus, os jantares em casa de condessas e marquesas eram então uma atividade da burguesia, ou de uma aristocracia falida, aburguesada. Eram uma das formas que a burguesia usava para constituir sua identidade, para mostrar que tinha cultura e opiniões. Mas era um grupo de vanguarda, que discutia a fratura e crises do pensamento. Nos jantares de hoje, a inteligência tem a mesma função do vinho chileno.

Não há lugar para um pensamento alternativo nem na hora da sobremesa?

Não. A gente anos de ditadura no Brasil. Mas, quando ela acabou, a esquerda estava em sua plenitude. Tomou conta das universidades, dos institutos culturais, das redações de jornal. Você pode ver nas universidades, por exemplo, cartazes de um ciclo de palestras sobre o pensamento de Trotsky e sua atualidade, mas não se veem cartazes anunciando conferência sobre a crítica à Revolução Francesa de Edmund Burke, filósofo irlandês fundamental para entender as origens do conservadorismo. Não há um pensamento alternativo à tradição de Rousseau, de Hegel e de Marx. Tenho um amigo que é dono de uma grande indústria e cuja filha estuda em um colégio de São Paulo que nem é desses chiques de esquerda. É uma escola bastante tradicional. Um dia, uma professora falava da Revolução Cubana, como se esse fosse um grande tema. Ela citou Che Guevara, e a menina perguntou: “Ele não matou muita gente?” A professora se vira para a menina e responde: “O seu pai também mata muita gente de fome”. O que autorizou uma professora usar esse tipo de argumento é o status quo que se instalou também nas escolas, e não só na universidade. O infantilismo político dá vazão e legitima esse tipo de julgamento moral sumário.

Como essa tendência se manifesta na universidade?
O mundo das ciências humanos, em que há pouco dinheiro e se faz pouca coisa, é dominado pela esquerda aguada. Há muitos corporativismo e a tendência geral de excluir, por manobras institucionais, aqueles que não se identificam com a esquerda. Existe ainda a nova esquerda, para a qual não é mais o proletariado que carrega o sentido da história, como queria Marx. Os novos esquerdistas acreditam que esse papel hoje cabe às mulheres oprimidas, aos índios, aos aborígenes, aos imigrantes ilegais. Esses segmentos formariam a nova classe sobre a qual estaria depositada a graça redentora. Eu detesto política como redenção.

Por que a política não pode ser redentora?
O cristianismo, que é uma religião hegemônica no Ocidente, fala do pecador, de sua busca e de seu conflito interior. É uma espiritualidade riquíssima, pouco conhecida por causa do estrago feito pelo secularismo extremado. Al lado de sua vocação repressora institucional, o cristianismo reconhece que o homem é fraco, é frágil. As redenções políticas não têm isso. Esse é um aspecto do pensamento de esquerda que eu acho brega. Essa visão do homem se responsabilidade moral. O mal está sempre na classe social, na relação econômica, na opressão do poder. Na visão medieval, é a graça de Deus que redime o mundo. É um conceito complexo e fugidio. Não se sabe se alguém é capaz de ganhar a graça por seus próprios méritos, ou se é Deus na sua perfeição que concede a graça. Em qualquer hipótese, a graça não depende de um movimento positivo de um grupo. Na redenção política, é sempre o coletivo, o grupo, que assume o papel de redentor. O grupo, como a história do século 20 nos mostrou, é sempre opressivo.

Em que o cristianismo é superior ao pensamento de esquerda?
Pegue a ideia de santidade. Ninguém, em nenhuma teologia da tradição cristã – nem da judaica ou islâmica –, pode dizer-se santo. Nunca. Isso na verdade vem desde Aristóteles: ninguém pode enunciar a própria virtude. A virtude de um homem é anunciada pelos outros homens. Na tradição católica – o protestantismo não tem santos –, o santo é sempre alguém que, o tempo todo, reconhece o mal em si mesmo. O clero da esquerda, ao contrário, é movido por um sentimento de pureza. Considera sempre o outro como o porco capitalista, o burguês. Ele próprio não. Ele está salvo, porque reclica lixo, porque vota no PT, ou em algum partido que se acha mais puro ainda, como o PSOL, até porque o PT já está meio melado. Não há contradição interior na moral esquerdista. As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.

Quando o cristianismo cruza o pensamento de esquerda, como no caso da Teologia da Libertação, a humildade se perde?
Sim. Eu vejo isso empiricamente em colegas da Teologia da Libertação. Eles se acham puros. Tecnicamente, a Teologia da Libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falam mal do rei, mas em idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo. Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro. Um cristão que recorre a Marx, ou a Nietzsche – a quem admiro –, é como uma criança que entra na jaula do leão e faz bilu-bilu na cara dele. É natural que a Teologia da Libertação, no Brasil, tenha evoluído para Leonardo Boff, que já não tem nada de cristão. Boff evoluiu para um certo paganismo Nova Era – e já nem é marxista tampouco. A Teologia da Libertação é ruim de marketing. É como já se disse: enquanto a Teologia da Libertação fez a opção pelo pobre, o pobre fez a opção pelo pentecostalismo.

O senhor acredita em Deus?
Sim. Mas já fui ateu por muito tempo. Quando digo que acredito em Deus, é porque acho essa uma das hipóteses mais elegantes em relação, por exemplo, à origem do universo. Não é que eu rejeite o acaso ou a violência implícitos no darwinismo – pelo contrário. Mas considero que o conceito de Deus na tradição ocidental é, em termos filosóficos, muito sofisticado. Lembro-me sempre de algo que o escritor inglês Chesterton dizia: não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer outra bobagem, seja na história, na ciência ou sem si mesmo, que é a coisa mais brega de todas. Só alguém muito alienado pode acreditar em si mesmo. Minha posição teológica não é óbvia e confunde muito as pessoas. Opero no debate público assumindo os riscos do niilista. Quase nunca lanço a hipótese de Deus no debate moral, filosófico ou político. Do ponto de vista político, a importância que vejo na religião é outra. Para mim, ela é uma fonte de hábitos morais, e historicamente oferece resistência à tendência do Estado moderno de querer fazer a cura das almas, como se dizia na Idade Média – querer se meter na vida moral das pessoas.

Por que o senhor deixou de ser ateu?
Comecei a achar o ateísmo aborrecido, do ponto de vista filosófico. A hipótese de Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Gente: o maior recurso de uma cidade

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apenas um animal inteligente?

Os seres humanos não são apenas animais mais inteligentes

Raymond Tallis*


Nem todas as ideias erradas são dignas de se contestar. Existem algumas, porém, que não podem ser ignoradas. Aquelas que interpretam erroneamente questões de suprema importância, ou atrapalham nosso pensamento sobre elas, ou têm sérias consequências, devem ser discutidas.

Uma dessas ideias é a de que os seres humanos são essencialmente animais; ou no mínimo muito mais animalescos do que havíamos pensado. Ela leva a alegações de que somos apenas macacos inteligentes, de que nossas mentes não passam de sinais elétricos no cérebro.

Existem inúmeras manifestações desse "biologismo". Ele é explicado em milhares de livros e artigos sobre a chamada neuroestética, teoria dos memes, neurodireito e em abordagens neuroevolucionistas da política e da economia. Seus defensores afirmam, por exemplo, que somos capazes de compreender melhor a arte visual rastreando o cérebro para estudar sua reação, ou que a criminalidade é melhor explicada por um desequilíbrio entre os lobos frontais e o corpo amigdaloide.

Passei mais de 30 anos argumentando contra o biologismo, e recentemente escrevi "Aping Mankind: Neuromania, Darwinitis and the Misrepresentation of Humanity" ['Macacando' a humanidade: Neuromania, darwinite e a representação errônea da humanidade]. A principal suposição que sustenta o biologismo é que os seres humanos são essencialmente organismos, em vez de pessoas. Para realmente compreendê-los, diz a teoria, é preciso admitir que eles não são agentes conscientes, mas pedaços de matéria viva sujeitos às leis da biosfera.

O biologismo tem duas correntes, que eu chamo de neuromania e darwinite. A neuromania se baseia na crença de que a consciência humana é idêntica à atividade cerebral. Existem, é claro, correlações entre a atividade cerebral e aspectos da consciência. Estas podem ser demonstradas observando-se que partes do cérebro se "acendem" quando os sujeitos relatam determinadas experiências. No entanto, isso não quer dizer que a atividade neural é uma causa suficiente desses aspectos da consciência: que, por exemplo, os eventos vistos no córtex orbitofrontal quando vemos um objeto bonito sejam toda a causa de nossa experiência da beleza, e ainda menos que eles sejam nossa experiência da beleza.

Na verdade, não há uma explicação neural concebível de muitos aspectos da consciência humana. Um registro de impulsos neurais não pode explicar a simultaneidade e multiplicidade de um momento. Estou consciente, por exemplo, da tela do computador à minha frente, das letras que se espalham por ela, da luz do sol lá fora e de pássaros cantando. Essas coisas são experimentadas separadamente, e no entanto como pertencentes a um único momento presente. Este muitos-em-um é uma noz muito mais dura de quebrar do que o mistério da Trindade.

Mais importante ainda, a atividade neural não oferece explicação sobre a fonte da "referencialidade": a qualidade essencial da consciência, que significa que minhas percepções, crenças e esperanças se referem a algo diferente de impulsos neurais. A referencialidade dos conteúdos da consciência - que os filósofos tradicionalmente chamam de "intencionalidade" - é plenamente desenvolvida nos seres humanos, que são conscientes de si mesmos como separados de seus mundos de objetos, signos e conceitos. E a intencionalidade é a origem última da esfera humana: a comunidade de mentes, tecida por um trilhão de apertos de mão cognitivos ou atenção compartilhada, dentro da qual nossa liberdade opera e nossas vidas narradas são conduzidas.

O outro pilar do biologismo - a darwinite - também decorre do erro de identificar a mente com o cérebro. Se o cérebro é um órgão que evoluiu para otimizar as probabilidades de sobrevivência, segundo essa teoria, a mente também é. A darwinite, consequentemente, confunde a evolução biológica da espécie com o desenvolvimento de nossa cultura. A teoria da evolução descreve os processos da seleção natural que sem dúvida deram origem ao Homo sapiens. Mas é errado concluir que se aceitarmos essa teoria também teremos de procurar uma explicação evolucionista da gênese e da forma da cultura humana.

Mas a darwinite é ainda mais vulnerável a ataques que a neuromania. Veja a diferença entre uma hora de vida animal e uma hora de vida humana. Admito que apreciar a diferença é mais difícil quando falamos em linguagem que animaliza o comportamento humano e humaniza o comportamento animal. Daisy, a vaca, bate em um arame elétrico e a partir de então o evita. Eu decido que quero melhorar minhas chances na vida, então me matriculo em um curso que começa no ano que vem e contrato uma babá para que eu tenha mais tempo para estudar. Tanto Daisy como eu podemos ser descritos como praticantes do "comportamento aprendido", mas isso oculta diferenças profundas. Estas incluem meu complexo sentido de tempo e o fato de que estou lidando com estruturas e hábitos abstratos. Nós conduzimos nossas vidas, regulando-as por narrativas compartilhadas e individuais, enquanto os animais meramente as vivem.

Muitas pessoas acreditam que o biologismo decorre inevitavelmente da teoria evolucionista. As pessoas muitas vezes pensam que sou um criacionista ou um prosélito de alguma religião. Para constar, sou um ateu humanista, um médico e neurocientista para quem a ciência é nosso maior monumento intelectual. Sou um agnóstico ontológico, não um dualista cartesiano. Só porque eu nego a identidade da mente com a atividade cerebral, não significa que eu considere a mente como um fantasma no maquinário do cérebro.

Acredito que há muito trabalho a ser feito para dar sentido a um mundo que contém objetos materiais como seixos ou cérebros e itens mentais como pensamentos e experiências. Não aceito que a única alternativa a um relato sobrenatural da humanidade seja um naturalista. Entre o nascimento e a morte, habitamos uma comunidade de mentes, um mundo humano que vai além da natureza, onde podemos conscientemente usar o que aprendemos sobre as leis da natureza para fins não pretendidos na biosfera.

Isto levanta perguntas sobre como chegamos a ser tão diferentes, onde se situa a mente humana no universo material e quais são os limites de nossa capacidade de nos transformarmos. Se rejeitarmos a ideia de que a atividade neural é idêntica à consciência, como deveremos entender o papel central que o cérebro tem em nossa vida consciente? Mas não faremos progresso com essas perguntas enquanto pensarmos que já as respondemos. Em particular, enquanto ignorarmos os aspectos irredutivelmente relacionais da consciência humana - sua referencialidade, sua participação na comunidade de mentes, em que sujeito e objeto são parceiros inseparáveis -, ficaremos pendentes de perguntas estéreis sobre onde ela se localiza, senão no cérebro.

O biologismo também importa porque defende uma concepção degradada da humanidade. Não é histeria sugerir que relatos de pessoas como organismos vorazes, dominados por imperativos biológicos dos quais não têm consciência, poderiam se autorrealizar.

Enganos que têm uma aceitação tão ampla quanto os que acabei de descrever não poderiam ficar sem consequências. Eles impedem nosso caminho para melhores respostas, para o que somos e para uma melhor compreensão de nossa relação com o mundo físico que nos cerca.

*Raymond Tallis foi eleito "fellow" da Academia de Ciências Médicas por sua pesquisa sobre acidente vascular-cerebral e epilepsia?
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Do UOL Notícias

sábado, 4 de junho de 2011

Um Chamado Para a Angústia

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Cristão e a Universidade

De fato, a instituição mais importante na construção da sociedade ocidental é a universidade. É na universidade que os nossos futuros líderes políticos, jornalistas, advogados, professores, cientistas, executivos e artistas serão formados. É na universidade que eles formularão ou, mais provavelmente, absorverão, a cosmovisão que moldará suas vidas. Uma vez  formadores de opinião e líderes que moldam a nossa cultura, a cosmovisão que eles absorverem na universidade será aquela que moldará a nossa cultura

William L. CRAIG, em Apologética para questões difíceis da vida. Editora Vida Nova

Leia mais  Aqui.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Revolucionário

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O que é Falácia Genética?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fé e Ciência com Alister McGrath



Alister McGrath é professor de teologia histórica na Universidade Oxford e doutor em biofísica molecular e teologia também por Oxford. É autor de, entre outros, O Delírio de Dawkins (Mundo Cristão) e presidente do Centro Oxford para Apologética Cristã.

sábado, 2 de abril de 2011

Cultura: Onde o Físico e o Espiritual Convergem

O seguinte texto foi traduzido por Ricardo Otake do material sobre Teologia Bíblica e Vocação de Darrow Miller.

Deus fez a humanidade para ser fazedor de cultura, e o tipo de cultura que criamos é extremamente importante. Seja lá qual for nossa vocação, ou qualquer que seja o domínio que fomos chamados, como Cristãos nosso trabalho é criar uma “cultura do reino” – cultura que reflete a verdadeira natureza e o caráter de Deus.
Nossa responsabilidade como criadores de cultura tem sido chamada de mandato à criação e mandato cultural. Podemos encontrar estes mandados na narrativa da criação em Gênesis 1:26-28:

Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem conforme nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão.
Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”.
Lemos aqui que do alto da sua atividade criativa, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem”. Com essas palavras, a identidade do homem é estabelecida. O homem é feito imago Dei – à imagem de Deus. Deus também disse “Dominem !”. Com essas palavra, o propósito do homem foi estabelecido. O homem foi feito para dominar no lugar de Deus, como um vice-regente. Ou usando uma figura diferente, o homem foi feito para ser o mordomo da casa de Deus.
O que Deus fez era perfeito, mas não estava terminado Deus é o criador primário; a humanidade, fazendo uma citação de J. R. Tolkin é uma criadora secundária. Deus fez a criação primária. A humanidade faz a criação secundária – cultura – que revela e glorifica o Criador Primário e a criação primária. Seres humanos devem encher a terra com imagens de Deus que irão consequentemente desenvolver a terra. Como um semente, a criação as mãos de Deus era perfeita e completa em si mesma, mas o potencial precisava ser liberado pelo homem e pela mulher. O semente precisava ser nutrida até uma grande árvore.

Cultura: Adoração Externalizada
Porque as escrituras de Gênesis se referem a um mandado cultural ? O que significa criar uma cultura ? E o que é cultura ?
O Teólogo Henry Van Til diz muito claramente e concisamente : “A cultura é uma religião externalizada”. Na sua essência, cultura é uma manifestação de um culto de pessoas ou sua religião cívica. É um reflexo do deus que eles adoram. Este entendimento se coloca em contraste com o discurso de um pensamento materialista moderno, onde a cultura é um reflexo de a raça de um povo, ou da soma total da forma de viver de um povo, ou da sua herança. Segundo Santo Agostinho o entendimento da natureza da cultura traz luz à importância dessa distinção.
“De acordo com Agostinho, a cultura não é o reflexo da raça de um povo, etnicidade, folclore, política, língua ou herança. Ao invés disso, é uma síntese da crença de um povo. Em outras palavras, cultura é a manifestação temporal da fé de pessoas. Se uma cultura começa a mudar, não é por causa de modismos, ou passagem do tempo, é por causa de uma mudança da cosmovisão. Portanto, raça, etninicidade, folclore, políticas, linguagens, ou herança são simplesmente uma expressão de um paradigma mais profundo, enraizado no entendimento espiritual de uma igreja na comunidade e na integridade de suas testemunhas.
A razão porque ele passou tanto tempo da sua vida e ministério criticando as filosofias pagãs do mundo e expondo as teologias berrantes da igreja, foi porque Augustinho entende não apenas que essas coisas importavam não apenas na esfera da eternidade, determinando o destino espiritual das massas da humanidade mas também na esfera do aqui e como determinamos o destino temporal de civilizações inteiras.”

Agostinho reconheceu que a cosmovisão dominante das pessoas inevitavelmente dá forma ao mundo que elas vêem. Ele entendeu que a cultura é uma manifestação da adoração do homem. É um reflexo da natureza e do caráter daquele quem ele adora. Ou de uma maneira diferente, cultura é uma manifestação da cosmovisão de um povo.
O Taliban no Afeganistão criou uma sociedade que reflete a adoração deles. Da mesma forma, a cultura popular dos EUA é um reflexo dos ideais materialistas de um sistema de crenças secular.
O conceito moderno de antropologia, que foi derivado de um pensamento materialista, enxerga a cultura como neutra. No paradigma materialista, não existe Deus portanto, não existe verdade absoluta; tudo é relativo. A partir deste conjunto de pressupostos não existe como uma pessoa ou cultura criticar a outra e portanto, a cultura é valorizada pelo que ela é. Portanto, não podemos fazer distinção entre os campos de morte da Alemanha nazista, os hospitais da Madre Teresa de Calcutá ou a cultura pop contemporânea na América.
Derivada da adoração, a cultura pode ser qualquer coisa menos neutra. Cultura se situa na convergência das esferas espirituais e materiais. Na verdade, pode-se dizer que a esfera espiritual influencia a esfera física do ponto de vista de cultura. Assim com idéias têm conseqüências, nossa adoração também. O culto lidera a cultura. Isto determina os tipos de sociedades e nações que vamos construir. Isto é claramente ilustrado. Se um povo adora um deus que é cheio de caprichos e pode ser “comprado” como o animismo primitivo, então a cultura de corrupção é estabelecida e a propina passa a ser parte da vida cotidiana. Isto se manifesta nos negócios, economia, governo, e sistemas judiciários que estão cheios de corrupção. Isto leva ao empobrecimento material de uma nação e também ao empobrecimento espiritual.

Criticando Culturas
Claramente a cultura não é neutra. Uma vez que vivemos num universo criado pelo Deus vivo e porque existe uma realidade absoluta (ao contrário do pensamento pós-moderno), a cultura de um povo pode ser criticada e avaliada. Não apenas pode ser, mas PRECISA ser. Se estamos interessados em curar as nações, precisamos distinguir coisas que levam à injustiça e as que levam à corrupção. Precisamos examinar as coisas que elevam a liberdade, compaixão e economia e bem estar, em contraste com aquelas que levam à escravidão, crueldade e pobreza.
Existem 3 dinâmicas culturais: cultura do reino, cultura da enganação e a cultura natural. Essas são encontradas em diferentes níveis em todas as nações.
Cada nação terá um pouco da cultura da enganação e a cultura do reino. Estas dimensões assumem que existe um Deus e que ele fez um universo real e objetivo. Existe verdade e mentira, bom e mau, beleza e trevas.
Cultura do Reino
A cultura do reino é baseada na verdade da realidade. É um reflexo da natureza e caráter do Deus vivo e criador de todas as coisas. A cultura do Reino é produzida quando pessoas obedecem às leis de Deus consciente ou inconscientemente. As leis de Deus são um reflexo do Seu caráter. Assim como Deus é Verdade, Justo e lindo, assim é sua criação e as leis que a governam.
Quando Jesus diz aos discípulos para fazerem discípulos de todas as nações, “ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mt28:20) a frase “tudo o que eu lhes ordenei” é associada a VERDADE (que refletem leis metafísicas e físicas de Deus), justiça (que reflete as leis morais de Deus), e beleza (que reflete as leis estéticas de Deus). Douglas Jones e Douglas Wilson descrevem esta trilogias como “as três faces da cultura”. Esses são os fundamentos da cultura do reino, e levao à vida, saúde e desenvolvimento.
A cultura do reino é uma manifestação do reino de Deus. Jesus chama seus discípulos para que o reino dos céus cause um impacto no reino da terra. A oração do Pai nosso (Mt 6:9-13) reconhece o inter-relacionamento entre os dois reinos”Venha teu reino; seja feita tua vontade, assim na terra como no céu” O reino de Deus é qualquer esfera onde “sua vontade é feita” e onde as pessoas “obedecem a tudo o que lhes ordenei.” O reino de Deus vem à terra como no céu. A substancia do reino é a mesma no presente e no futuro, na terra e no céul. A diferença não é a substância, mas o grau de realização.

A cultura do reino chama cada pessoa e nação para fazer parte do Reino de Jesus, (fazendo referência a C.S. Lewis). Ela nos chama para o desenvolvimento da terra, o cultivo do solo e da alma como um ato de adoração ao Deus vivo. A igreja, como um ato de adoração deve criar uma cultura que manifesta a natureza e o caráter do Deus vivo no mundo. Isto significa que devemos trazer verdade (a metafísica bíblica), justiça (a ética bíblica) e beleza (a estética bíblica) em todas as áreas da vida.
Em cada nação haverão elementos da cultura do reino. Seja lá onde for encontrada, deve ser nutrida e encorajada.
Cultura da Enganação
A cultura da enganação é o produto das crenças nas mentiras de Satanás sobre o que é verdade, justiça e beleza; Satanás é um mentiroso e o pai da mentira. Ele mente tanto para indivíduos como para nações. Ele mente para nações na esfera da cultura. A cultura do engano é baseada nas mentiras de Satanás e nas influências dos demônios. Isaías alertou a nação de Israel contra a distorção da realidade.
“Ai dos que chamam mal bem e ao bem, mal, que fazer das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo!” (Is 5:20)

A crença nessas mentiras que leva à morte, escravidão e empobrecimento de nações inteiras. Cada nação possui algum nível de cultura de enganação. Se a nação quer crescer na saúde, ela deve identificar os elementos destrutivos, retirá-los e substituir por princípios do Reino.
A Cultura Natural
Os elementos naturais de uma cultura caem na esfera amoral. Eles são as cores únicas, texturas, sons e gostos de um povo que acompanham a ordem da criação. Como são moralmente neutros, ele garantem sabor e vida para o povo e para a alegria os vizinhos de outras culturas. Quanto mais a cultura manifesta o Criador Primário e a criação primária, mais vai ser considerada boa. Quanto mais a realidade é distorcida, mais enegrecida a cultura e o povo será mais escravizado e empobrecido.
Deus nos criou para sermos fazedores de culturas. Como cristãos fomos chamados para sermos intencionais sobre criar a cultura do Reino. Ao nos fazer à sua imagem, e nos criando para sermos criadores, Deus deu a cada um de nós uma responsabilidade e uma oportunidade maravilhosa. O erudito, escritor e promotor do desenvolvimento Vishal Mangalwadi expressa isso de uma maneira apropriada:

Deus fala e cria o universo. O homem fala e cria a cultura que dá forma ao universo.

Texto adaptado do livro de Darrow Miller sobre Teologia e Vocação a ser publicado pela YWAM publishing.

terça-feira, 29 de março de 2011

Unidos Contra o Tabaco

As Consultas Públicas 112 e 117 da ANVISA, têm como objetivo regular os produtos de tabaco e torná-los menos atraentes, especialmente para crianças e adolescentes.
O Repórter Senado mostrou a vida dos plantadores de tabaco da região Sul do Brasil e um panorama do cerco legal do tabagismo no país. E ainda: os malefícios do cigarro à população.


Parte 2
Parte 3

Clique Aqui para ler mais sobre o assunto.

domingo, 27 de março de 2011

IV Conferência L'Abri Brasil

O tema da IV Conferência L'Abri Brasil será 'Cinismo, Emocionalismo e a Verdadeira Espiritualidade' e ocorrerá nos dias 22, 23 e 24 de julho.


Descrição do Tema:


Viver uma espiritualidade profunda e genuinamente cristã é o desejo de cada cristão sincero, seja ele antigo ou novo na fé, de uma comunidade mais tradicionalista ou de uma comunidade mais contemporânea - e até mesmo daqueles que procuram viver o cristianismo fora da igreja institucional.

Independentemente, no entanto, das cores denominacionais, do tempo de vivência cristã e da qualidade da experiência de igreja, há um desconforto amplamente compartilhado com as ambiguidades da vida cristã, e especialmente quanto à relação entre as limitações da realidade e a amplitude das promessas divinas. Para muitos, uma fé sólida é uma fé que se alimenta de sentimentos bons, e que ignora as contradições e desgraças no mundo e na própria Igreja. Para outros, não pode haver alegria ou certeza se vivemos em um mundo tão contraditório e corrupto.

Na Conferência L'Abri Brasil de 2011 vamos refletir juntos sobre as causas do emocionalismo religioso e da visão sentimentalista da vida, assim como do cinismo em relação a Deus, à igreja e à fé. Tentaremos compreender como uma Espiritualidade Cristã Verdadeira responde a essas atitudes contraditórias. E tendo como chave e referência a ideia cristã de gratidão, vamos buscar o equilíbrio na forma de nos posicionarmos diante da oração, da igreja institucional, da ética cristã, da vida comunitária, do trabalho e da missão. E você está convidado a participar conosco dessa reflexão!

Valor da Inscrição:

R$ 200,00 (inscrição individual)
Desconto para inscrições realizadas até o dia 30/06/2011 = R$ 180,00
R$ 160,00 (grupos de 5 pessoas)

Informações:

(31) 9225-1923 (Vanessa)
(31) 8449-2163 (Rodolfo)
(31) 2535-8962 (Alessandra ou Guilherme)
Solicite a ficha de inscrição com a programação completa por email: labri.brasil@gmail.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Uma Mensagem de Satanás Pra Você

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vem Aí!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Filosofia e o Cinema Religioso

Nesta sexta-feira, dia 11 de março, terá inicio o II Ciclo de Cinema do Departamento de Filosofia da UFPel, intitulado "A Filosofia e o Cinema Religioso". Serão 40 obras cinematográficas a serem exibidas ao longo do ano de 2011, divididas em três blocos temáticos: I - O Conflito espiritual (predestinação, renúncia, expiação, ascese); II - A Convicção Religiosa (crença, dogma, heresia, fanatismo); III - O Percurso Interior (impermanência, sofrimento, aceitação, transcendência).

As sinopses de cada filme foram elaboradas de modo a fornecer tanto uma apresentação da obra quanto do tema nela abordado. O Ciclo percorrerá praticamente todas as grandes tradições religiosas, privilegiando a abordagem do Cristianismo - religião que impregnou a civilização ocidental e alvo maior de reflexão ao longo da história da filosofia.

O Ciclo de Cinema, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação de Luís Rubira, ocorre todas as sextas, 20hs, no Centro de Integração do Mercosul. As senhas para assistir o filme devem ser retiradas no dia da sessão, em horário comercial, na secretaria do Centro de Integração do Mercosul (Rua Andrade Neves, 1529). A entrada é FRANCA.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Festa?

quinta-feira, 3 de março de 2011

A História da Água Mineral

The Story of Bottled Water (Português) from Guilherme Machado on Vimeo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Argumentos Para a Existência de Deus

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um outro evangelho

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O evangelho da prosperidade na África.

O evangelho da prosperidade from iPródigo on Vimeo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Pior de Todos os Controles...


“...qualquer ataque contra a nossa condição humana assume a forma de diminuição daquilo que podemos fazer ou controlar, às vezes a ponto de nos obrigar à submissão diante daquilo que abominamos. O século XX nos ensinou que o controle do pensamento é o pior de todos os controles. É a forma mais horrenda de destruição da alma, pois nela nem os pensamentos são realmente nossos”

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Razões que as pessoas apresentam para não 'frequentarem uma igreja'

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De onde virá o socorro?


"A história não oferece nenhuma evidência de que o conhecimento salvará a sociedade humana. Pelo contrário, o problema com os Hitlers e os Stalins do mundo não foi porque eles eram estúpidos ou ignorantes das leis da evolução cultural; o problema foi que eles eram perversos. Tecnologia maior e melhor simplesmente dá às pessoas maiores e melhores meios de escolher levar acabo o bem ou o mal"
Ter confiança na tecnologia é uma forma desencaminhada de salvação; algumas coisas simplesmente não são receptivas a um conserto técnico rápido. É o coração humano que determina como deveremos usar nossas máquinas - se as configuramos como espadas ou relhas de arado"

COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy. E Agora Como Viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000. 648 p. (p. 305)